Escrita e tomada de posição

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DOI:

https://doi.org/10.71101/rtp.57.908

Resumo

Este artigo trata da construção de algumas pontuações a respeito da escrita em psicanálise, considerando-a enquanto indicativa de alguma tomada de posição. Partimos com Sigmund Freud no texto Inibição, Sintoma e Angústia (1926/1992) na tentativa de abordar o corpo. Que corpo? Aquele histórico que aporta as formulações psicanalíticas até hoje. Corpo que convoca Freud a andar e empreender leituras desde o que se apresenta como uma espécie de enigma que faz cifra do que o implica de inconsciente. No andamento de Freud, mencionamos o que nos fala Jacques Lacan a respeito de um saber não sabido que deixa marca e faz escrita no que pode vir a ser enquanto invenção. Contando com essas pontuações, passamos por lalíngua para falar do que nos convoca nesse corpo enquanto desejo, movimento de impulsão à criação com o que fica de não-saber e que, por isso, permite nova escrita, com Gloria Anzaldúa, bem como endereça nossa posição, com Alenka Zupancic. É um corpo que, feito de linguagem, sensível à palavra, pode indicar caminhos, passagens por entre as quais andamos e remetemo-nos à Daniela Chatelard para conceituar a letra e, com ela, passar finalmente à escrita. Com essas palavras, no percurso deste artigo, citamos também Hélène Cixous para enfatizar o que nos torna ex-sistentes à medida do que implica sempre mais uma escrita dentre as outras.  

Palavras-chave: Freud, corpo, escrita, Lacan.

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Publicado

18-06-2025

Como Citar

Vieira Bertotti Bizzi, F., & Scheinkman Chatelard, D. (2025). Escrita e tomada de posição. Revista Tempo Psicanalítico, 57, e-908. https://doi.org/10.71101/rtp.57.908

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Artigos