Por uma visada clínico-política da homossexualidade
DOI:
https://doi.org/10.71101/rtp.54.745Resumo
A proposta do artigo é analisar o ato de enunciar-se homossexual como um ato clínico-político. Em um primeiro momento, nos voltamos para o processo de constituição da homossexualidade pelo saber psiquiátrico em meados do século XIX. Em seguida, questionamos como é possível resistir a estas concepções médicas que vieram a classificar a homossexualidade como uma anormalidade. Por fim, destacamos que o próprio ato de se enunciar homossexual merece ser visto como um ato de resistência que vem a propiciar ao sujeito certa elaboração de suas questões, promovendo, concomitantemente, certa ressignificação na concepção de homossexualidade.