Sonhos possíveis e a relação transferencial
DOI:
https://doi.org/10.71101/rtp.55.538Palavras-chave:
sonho, transferência, função alfa, identificação projetivaResumo
Ogden (2010a) nos apresenta uma teoria da clínica em que o sonhar é tomado como função de elaboração inconsciente, sendo a incapacidade do sujeito de “sonhar sua experiência emocional” um indicador de sofrimento psíquico. Tendo essa ideia como referência, assim como a teorização de Bion sobre a função alfa e o pensamento-sonho, falaremos no presente trabalho sobre o comprometimento da capacidade de sonhar e seus ecos para o psiquismo do sujeito. Com a apresentação de um caso clínico traremos ainda uma discussão sobre o mecanismo da identificação projetiva e seu valor de comunicação em análise.
Referências
Bion, W. R. (1991). O aprender com a experiência. Rio de Janeiro: Imago.
Ferro, A. (1999). A psicanálise como literatura e terapia. Rio de Janeiro: Imago.
Green, A. (2017a). A projeção: da identificação projetiva ao projeto. In A. Green, A loucura privada. São Paulo: Escuta. (Originalmente publicado em 1971).
Green, A. (2017b). A capacidade de rêverie e o mito etiológico. In A. Green, A loucura privada. São Paulo: Escuta. (Originalmente publicado em 1987).
Klein, M. Notas sobre alguns mecanismos esquizoides. In: KLEIN, Melanie. Amor, culpa e reparação e outros trabalhos. Tradução de A. Cardoso. Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1996.
Lisondo, A. B. D. (2010). Rêverie re-visitado. Revista Brasileira de Psicanálise, 44(4), 67-84. Recuperado a partir de <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbp/v44n4/a07.pdf>.
Mano, B. C. B. (2012). Elementos para uma clínica do continente: a plasticidade do eu em sua função de continente psíquico. (Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica). Recuperado a partir de <https://tede2.pucsp.br/handle/handle/15212>.
Ogden, T. H. (1992). Projective identification and psychotherapeutic technique. London: Karnac.
Ogden, T. H. (1996). Os sujeitos da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Ogden, T. H. (2010a). Sonhando sonhos não sonhados e gritos interrompidos. In T. H. Ogden, Esta arte da psicanálise: sonhando sonhos não sonhados e gritos interrompidos (pp. 17-38). Porto Alegre: Artmed.
Ogden, T. H. (2010b). Sobre sustentar, conter e sonhar. In T. H. Ogden, Esta arte da psicanálise: sonhando sonhos não sonhados e gritos interrompidos (pp. 121-138). Porto Alegre: Artmed.
Ogden, T. H. (2010c) Sobre não ser capaz de sonhar. In T. H. Ogden, Esta arte da psicanálise: sonhando sonhos não sonhados e gritos interrompidos (pp. 68-85). Porto Alegre: Artmed.
Ogden, T. H. (2017). A matriz da mente. São Paulo: Blucher.
Zornig, S. A.-J. (2015). Clínica dos primórdios e processos de simbolização primários. Psicologia Clínica, 27(2), 121-136.
Zornig, S. A.-J. (2019). Quand le jeu perd sa fonction de transitionnalité: réflexions sur l’impact de la violence dans la constitution psychique. Comunicação Oral, Lyon.