A psicanálise é um trabalho? Uma profissão impossível e o conceito marxista de trabalho

Autores

  • Gabriel Tupinambá Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) - Brasil European Graduate School (EGS) - Suiça

DOI:

https://doi.org/10.71101/rtp.46.4

Palavras-chave:

desejo de analista, demanda, trabalho abstrato, modalidades aristotélicas.

Resumo

O presente artigo busca iniciar uma reflexão quanto ao estatuto da profissão de psicanalista e sua difícil relação com o Estado a partir da teoria marxista do valor-trabalho. Num exercício filosófico que busca evitar o tratamento analógico entre o pensamento psicanalítico e o pensamento marxista, encontramos um tipo diferente de solidariedade entre os dois na medida em que a concepção de Marx da dualidade contraditória do trabalho aponta um novo modo de pensar a posição do analista e essa, por sua vez, nos permite problematizar e levar à frente algumas determinações obscuras da diferença entre trabalho abstrato e concreto.

Biografia do Autor

Gabriel Tupinambá, Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) - Brasil European Graduate School (EGS) - Suiça

Psicanalista; Membro da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP); Coordenador do Círculo de Estudos da Ideia e da Ideologia (CEII); Doutorando em Filosofia na European Graduate School (EGS).

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Publicado

17-06-2014

Como Citar

Tupinambá, G. (2014). A psicanálise é um trabalho? Uma profissão impossível e o conceito marxista de trabalho. Revista Tempo Psicanalítico, 46(1), 27–43. https://doi.org/10.71101/rtp.46.4

Edição

Seção

Artigos