Eu preferia ser uma pedra: a inibição num fragmento clínico de drogadição

Autores

  • Alexandre Bakx Balbi Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.71101/rtp.48.104

Palavras-chave:

tratamento, drogadição, inibição, análise.

Resumo

O tratamento da drogadição coloca várias questões para a Psicanálise. As dificuldades colocadas por essa clínica nos faz acreditar na necessidade de um tratamento preliminar para tornar possível que uma análise, propriamente dita, ocorra.

Neste percurso que vimos fazendo há alguns anos, temos nos deparado com a aparição de uma forma de defesa que se solidariza com a drogadição. Se a drogadição é capaz de entorpecer o sujeito, essa defesa, a inibição, é capaz de silenciá-lo, paralisá-lo.

A partir da clínica, seguindo Freud e Lacan, podemos observar como a inibição é capaz de fazer obstáculo ao tratamento, como defesa contra as pulsões e a angústia. Através de um fragmento clínico, pudemos verificar como o abalo da inibição tornou viável o tratamento da drogadição e o possível advento de uma análise.

Biografia do Autor

Alexandre Bakx Balbi, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Psicanalista; Pós-doutorando pela UFRJ/FAPERJ/CAPES; Doutor pela Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

19-06-2016

Como Citar

Balbi, A. B. (2016). Eu preferia ser uma pedra: a inibição num fragmento clínico de drogadição. Revista Tempo Psicanalítico, 48(1), 99–111. https://doi.org/10.71101/rtp.48.104

Edição

Seção

Artigos